Futuros do Brasil: o envelhecimento como processo que envolve todas as etapas da vida
As tendências do perfil de envelhecimento no Brasil, no contexto de 2017, marcado por perda de direitos e de bem estar social, com ameaças ao Sistema Único de Saúde, estarão em debate no seminário Envelhecimento saudável sem estado de bem estar e sem SUS?, da série Futuros do Brasil. Parceria do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz (CEE-Fiocruz), com Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), o evento será realizado em 17/10/2017, às 9h30, no Salão de Leitura da Biblioteca de Manguinhos, com transmissão via internet, pelo blog do CEE-Fiocruz e pela página do Centro no Facebook.
O seminário, que homenageia do Dia Internacional do Idoso comemorado este mês (em 1º de outubro), reunirá a pesquisadora da Fiocruz Minas, Maria Fernanda Lima-Costa, diretora do Núcleo de Estudos em Saúde Púbica e Envelhecimento, com a palestra Perfil epidemiológico da população idosa brasileira: desafios para o sistema de saúde; o ex-ministro da Saúde e pesquisador da Fiocruz, José Gomes Temporão (Perspectivas de bem estar e envelhecimento saudável: SUS ou saúde privada?); e a pesquisadora da Fiocruz Dalia Romero, coordenadora do Grupo de Estudos em Saúde e Envelhecimento (Gise/Icict/Fiocruz), que abordará o tema O envelhecimento na agenda das políticas públicas nacionais e internacionais: avanços ou retrocessos?
“Quando se aborda o tema do idoso, quase sempre se fala em gasto e na ameaça que o idoso representa à economia, como se fosse um problema estar vivo”, observa Dalia, à frente da organização do debate. “De acordo com os discursos político e midiático, só deveríamos estar vivos no período produtivo, quando estamos economicamente ativos”.
Quando se aborda o tema do idoso, quase sempre se fala em gastos, na ameaça que o idoso representa à economia, como se fosse um problema estar vivo (Dalia Romero)
Dalia defende que se discuta o envelhecimento não apenas do ponto de vista das doenças e dos procedimentos de alta complexidade, mas como um processo, vinculado a todas as etapas da vida. Nesse sentido, o foco na atenção primária é essencial. “Se o problema é gasto, a atenção primária é um sistema protetor mais barato do que uma política neoliberal. Temos que desmistificar a ideia de que a proteção social está voltada apenas aos pobres e excluídos. Quando trabalhamos o envelhecimento, fica muito evidente a vulnerabilidade de todos, inclusive dos ricos. Proteção é importante para todos, porque todos somos vulneráveis”.
Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz (CEE-Fiocruz)
Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz)
Futuros do Brasil: Envelhecimento saudável sem estado de bem estar e sem SUS?
Data: 17 de outubro de 2017
Horário: 9h30 às 13h
Local: Salão de Leitura da Biblioteca de Manguinhos (Av. Brasil, 4.365 – Pavilhão Haity Moussatché, Manguinhos, Rio de Janeiro).
Transmissão via internet pelo blog do CEE-Fiocruz: www.cee.fiocruz.br
Informações: 21 3882-9133; cee@fiocruz.br
Programação
9h30 Abertura
Outubro, mês do idoso: o que comemorar?
Presidência | CEE-Fiocruz | Icict/Fiocruz | Gise/Icict/Fiocruz
10h
Perfil epidemiológico da população idosa brasileira: desafios para o sistema de saúde – Maria Fernanda Lima-Costa (Fiocruz Minas)
10h30
Perspectivas de bem estar e envelhecimento saudável: SUS ou saúde privada? – José Gomes Temporão (Fiocruz)
11h
O envelhecimento na agenda das políticas públicas nacionais e internacionais: avanços ou retrocessos? – Dalia Romero (Icict/Fiocruz)
11h30
Debate